Considerando o perfil de solo brasileiro, principalmente nas áreas de cerrado, a maioria das culturas, entre elas a soja e o milho, apresentam certa limitação no seu crescimento e desenvolvimento em decorrência dos efeitos da acidez, que podem estar, de modo geral, associados à presença de alumínio e manganês em concentrações tóxicas para as plantas e baixos teores de cálcio e magnésio no solo.
Essa acidez em excesso – quando o pH está abaixo de 4.5 – prejudica o desenvolvimento radicular da planta, como explica o engenheiro agrônomo da Agricultura de Precisão da COMIGO, Matheus Rodrigues: “quando a raiz cresce e entra em contato com o alumínio, ocorre a ‘queima’ da ponta da raiz, que não desenvolve, e essa restrição do crescimento radicular, em decorrência do alumínio tóxico, pode ocorrer tanto na camada mais explorada pelas raízes, que é a camada de 0 a 20 cm, como também em camadas mais profundas do solo de 20 a 40 cm”.
Desta forma, como a planta não consegue desenvolver suas raízes, consequentemente acontece uma limitação na absorção hídrica e também de nutrientes. “Pensando basicamente na água, quando nós temos um estresse hídrico, o veranico, a raiz que não se aprofundou em decorrência do alumínio, a planta tende a sentir muito, não se desenvolve e isso reflete na diminuição de produtividade”, explica Matheus.
É neste cenário que a calagem do solo se torna fundamental para atenuar e melhorar os índices de acidez do solo, já que o calcário tem a função de corrigir essa acidez ao neutralizar o alumínio e o manganês, que costumam estar em altas quantidades. “Além de corrigir o pH do solo, o calcário também fornece cálcio e magnésio, que são um dos nutrientes mais importantes para o crescimento da raiz e fotossíntese da planta, respectivamente, então, por isso, a calagem é um dos pilares mais importantes para obter melhores e maiores produtividades”, complementa o agrônomo.
De acordo com Matheus, a calagem auxilia também na disponibilidade e absorção de nutrientes no solo, que ajudam a trazer maior rentabilidade e aproveitamento dos fertilizantes: “a importância da calagem é muito mais ampla do que somente o fornecimento de cálcio e magnésio, pois com a própria correção do pH nós conseguimos melhorar a disponibilidade de fósforo e potássio para a planta”, explica.
Através do departamento de Agricultura de Precisão, os cooperados da COMIGO podem implementar a calagem, aliando a análise de solo georreferenciada com aplicações dentro das recomendações para cada tipo de solo em sua área. Para saber mais, o cooperado pode entrar em contato com a assistência técnica de sua propriedade.