Atenção, pecuarista: o Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), divulgou a Portaria nº 192/2022 com as normas, diretrizes e procedimentos para a primeira etapa 2022 da campanha de vacinação contra a febre aftosa, a ser realizada no período de 1º a 31 de maio.
Este ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) inverteu a estratégia de vacinação, priorizando a imunização de bovinos e bubalinos de até 24 meses na etapa de maio e, em novembro, todo o plantel de animais.
O superintendente de lojas da COMIGO, Carlos Alberto Leão, reforça aos cooperados pecuaristas que se atentem ao prazo e à inversão do cronograma: “é bom que o cooperado se atente a isso e procure as lojas da COMIGO, que nós temos vacina para atender. Está tendo um problema de falta de vacina no mercado, mas nós já temos uma quantidade de doses que dá para atender bem os cooperados”, afirma.
Para imunização de bovinos e bubalinos, os produtores devem usar a vacina bivalente, na dosagem de 2 ml. Já o trânsito de bovinos e bubalinos para entrada e saída em propriedades rurais no Estado, durante o calendário oficial de vacinação, só pode ser feito quando as propriedades de origem e de destino dos animais estiverem com todo o rebanho vacinado ou declarado.
De acordo com a Agrodefesa, bovinos e bubalinos que serão encaminhados ao abate em até 90 dias após o término da etapa (31 de maio) não precisam ser vacinados, mas os criadores ficam obrigados a manter o Termo de Compromisso e Responsabilidade de Abate dos Animais, conforme as normas legais.
O presidente da Agrodefesa, José Essado, ressalta a importância da manutenção da sanidade do rebanho goiano. “Mais uma vez conclamo os pecuaristas para que vacinem os seus animais, a fim de mantermos Goiás com status de estado livre de aftosa com vacinação”, enfatiza.
Vacinação contra raiva
A Portaria nº 192 estabelece também normas para a vacinação compulsória contra a raiva dos herbívoros (bovinos, bubalinos, equinos, muares, asininos, caprinos e ovinos) em 121 municípios considerados de alto risco para a doença. Neste caso, devem ser imunizados todos os animais com até 12 meses de idade em maio, e os demais em novembro.
Cuidados durante a vacinação
Alguns cuidados básicos devem ser tomados durante a vacinação, para evitar prejuízos durante a atividade, como animais machucados ou doses perdidas. O médico veterinário da COMIGO de Acreúna, Edmo Alves de Lima Neto, ressalta a necessidade da conservação das vacinas no gelo e a importância da utilização de equipamentos corretos: “a gente começa pelo tamanho da agulha, que deve ser subcutânea, para aplicar a vacina no local correto, abaixo do tecido cutâneo, na tábua do pescoço do animal”.
O veterinário reforça ainda que as agulhas e seringas danificadas devem ser descartadas e que as agulhas possuem um limite indicado de animais a serem vacinados: “a cada 10 animais, o produtor deve tirar a agulha da seringa, colocar no recipiente para desinfecção e posterior descarte, pegar uma nova agulha e vacinar mais 10 animais”, explica.
Declaração da vacinação
A declaração de vacinação de animais contra a aftosa, bem como contra a raiva nos 121 municípios de alto risco para a doença, é obrigatória e vai até 7 de junho. Além dos animais vacinados, os pecuaristas precisam declarar também todos os animais existentes nas propriedades.
As declarações a serem feitas por propriedades que tenham acima de 50 cabeças de bovinos e/ou bubalinos deverão ser feitas obrigatoriamente por via eletrônica no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás – Sidago. Criadores que tenham até 49 cabeças podem fazer as declarações também presencialmente nas Unidades Locais da Agrodefesa. Para saber mais, acesse o site da agrodefesa clicando aqui.