A campanha de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa começou no dia 20 de abril e se estende até o dia 31 de maio. Esta é a primeira etapa de 2020, na qual devem ser imunizados os bovinos e bubalinos de todas as idades, aproximadamente 22 milhões de cabeças, conforme cálculo da Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Agrodedefesa, órgão do Governo de Goiás. Com a antecipação da vacinação, os pecuaristas ganham mais tempo para cumprir essa exigência, já que em anos anteriores a aplicação da vacina era feita de 1º a 31 de maio. Este ano, portanto, são 11 dias a mais.
Para o presidente da Agrodefesa, José Essado, o dilatamento do prazo será importante para facilitar o cumprimento da determinação governamental de isolamento social, já que os criadores poderão adquirir as vacinas em ritmo menos acelerado. Ele orienta que a compra das vacinas seja feita preferencialmente por meio eletrônico, acertando a entrega aos médicos veterinários responsáveis técnicos. Com isso, a ida de produtores presencialmente às lojas será em menor número, evitando agrupamentos de pessoas.
Portaria publicada pela Agrodefesa, que define diretrizes para a campanha de vacinação, proíbe a realização de leilões virtuais e presenciais de bovinos e bubalinos de hoje (20) até o dia 28. Proíbe também a permanência de animais bovinos e bubalinos em feiras pecuárias no mesmo período, sendo que, após este prazo, a entrada de animais somente será permitida com comprovação da vacinação, observando-se os prazos de carência previstos na Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa nº 44/2007.
Raiva
No mesmo período de vacinação dos animais contra a aftosa, os produtores terão de imunizar bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equídeos também contra a raiva nos 121 municípios considerados de alto risco para a doença no Estado de Goiás, conforme definido na Instrução Normativa nº 2/2017. (Veja relação de municípios: http://www.agrodefesa.go.gov.br/images/imagens_migradas/upload/arquivos/2017-04/anexo-i–modificado–in-raiva-dos-herbivoros-1.pdf) . A vacinação contra raiva é obrigatória nesses municípios, tanto pela importância de manter a sanidade dos animais quanto pelo risco de transmissão aos humanos, já que se trata de enfermidade letal.
A declaração de vacinação é obrigatória. Os pecuaristas que possuem mais de 200 cabeças devem fazer a declaração pelo Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás – Sidago. Quem ainda não possui login e senha para acessar o sistema pode fazê-lo acessando o site www.agrodefesa.go.gov.br e clicar no link do Sidago onde há um passo a passo para uso do sistema. Pecuristas que possuem menos de 200 cabeças podem fazer a declaração também presencialmente nos escritórios da Agrodefesa no município em que se localiza a propriedade, mas com agendamento prévio.
Para fazer a declaração de vacinação é necessário que os produtores que ainda não adotaram esta providência façam a informação obrigatória das coordenadas geográficas da propriedade. Até porque o pecuarista só poderá fazer a declaração de vacinação e também de todo o rebanho após informar as coordenadas geográficas da propriedade. Elas devem ser obtidas no ponto de localização da sede da propriedade, no formato Latitude e Longitude (graus, minutos e segundos). Esta informação pode ser obtida in loco na propriedade, por meio de aplicativos de celular e aparelho de GPS, ou mesmo de programas/softwares como o Google Earth e o Google Maps, diretamente pela Internet. Esta é uma das exigências previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa – PNEFA, para retirada da vacinação obrigatória em 2021.
(Fonte: Agrodefesa)