Na coluna “Cooperativismo” do site Goiânia Empresas, o presidente da COMIGO, Antônio Chavaglia fala sobre a força que o agronegócio tem na região e as transformações realizadas na atividade graças ao trabalho da cooperativa que preside
Há pouco tempo, um cooperado, muito satisfeito por ter a COMIGO em sua região, disse: “Onde a Cooperativa chega, o desenvolvimento acontece e a paisagem muda”.
Ao se instalar em um município com vocação agropecuária, a COMIGO passa a oferecer vários serviços/produtos: insumos (fertilizantes, sementes, defensivos), máquinas/implementos e peças, produtos veterinários, assistência técnica, pesquisas, armazenagem, industrialização, novidades tecnológicas através da Tecnoshow.
Com sua presença, a área plantada com grãos (soja, milho ou sorgo), via de regra, aumenta. Em Caiapônia, por exemplo, a área de plantio já é de 100 mil hectares, crescimento de 70% sobre 2006 (IBGE). O segmento pecuário também recebe incremento com novas tecnologias, como integração lavoura-pecuária, e assistência técnica. Somente o corpo técnico da Cooperativa (agrônomos, veterinários, zootecnistas etc) conta com cerca de 100 funcionários.
Consequências disso: mais geração de empregos, melhor distribuição da renda, mais equilíbrio do mercado. Novas oportunidades surgem, atendidas, também, por outras empresas de diferentes segmentos. Esta movimentação geral na economia comprova o que dissera o cooperado.
Uma das principais razões de a COMIGO ter se desenvolvido foi a industrialização. Em 1983, instalou a primeira indústria de esmagamento de soja do Centro-Oeste, em Rio Verde. Ousadia e visão de futuro, afinal quase não havia soja na região. Foi o marco para uma grande arrancada. Logo, a soja se estabeleceria em Goiás, atraindo uma forte migração de produtores. Aos poucos, agropecuaristas vizinhos se interessaram pelo modelo de negócio e assim aconteceu a expansão da Cooperativa para outros municípios.
O cooperativismo produz sobras aos associados ao fim de cada ano. Mas desde que foi fundada (julho/1975), a COMIGO adotou a política de capitalização das sobras, definida em assembleia. Medida fundamental para sua ascensão. Hoje o capital social (dos cooperados) representa 65% do patrimônio líquido, um forte indicador da solidez da Cooperativa.
Ao serem capitalizadas, as sobras passam a ser reinvestidas nos negócios. Novas estruturas se concretizaram: indústrias, lojas e armazéns. Hoje a Cooperativa conta com 11 plantas industriais, 15 lojas (logo estará em Piranhas) e capacidade armazenadora que supera 1,8 milhão de toneladas de grãos.
Tamanha estrutura possibilita oferecer produtos e serviços aos cooperados, com ótimas condições de negócio, além do retorno financeiro. Ao completar 65 anos de idade e 20 de associado, o cooperado passa a receber 10% de seu capital acumulado, em dinheiro, todos os anos. E mais: das sobras a que tem direito, todo cooperado pode utilizar 15% delas (creditadas em sua conta corrente) para fazer novas compras na Cooperativa ou quitar débitos com ela.
A COMIGO investe forte também em pesquisas. Em seu Instituto de Ciência e Tecnologia (ITC), em Rio Verde, de 140 hectares, e com seis pesquisadores doutores, desenvolve pesquisas agropecuárias o ano todo, gerando e difundindo novas tecnologias para serem aplicadas pelos cooperados. Os resultados são apresentados em vários workshops.
No ITC, a COMIGO realiza a principal feira de agronegócio do Centro-Oeste, a Tecnoshow Comigo. Comprovando sua importância, em 2019, foi a feira do gênero que mais negócios gerou no Brasil, ultrapassando a casa de R$ 3,4 bilhões. Os 118 mil visitantes têm acesso a produtos, serviços e muito conhecimento envolvendo o agronegócio.
A COMIGO está presente em 15 municípios do sudoeste goiano, tem mais de 8 mil cooperados e cerca de 2.600 funcionários. Em 2018, seu faturamento atingiu a R$ 4,3 bilhões, se posicionando entre as seis principais cooperativas agropecuárias do país.
*Antônio Chavaglia é presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (COMIGO)
(Fonte: Goiânia Empresas)